No dia 5 de julho de 2021, um avião com 37 passageiros caiu em uma região de mata no estado de São Paulo, resultando em 32 mortes. O voo, de número 1295, tinha como destino a cidade de Porto Alegre, mas acabou sofrendo uma falha técnica e se acidentando.

No entanto, o que chamou a atenção de muitas pessoas foi o fato de que grande parte dos passageiros pertencia a uma comunidade religiosa conhecida como Umbanda. O grupo estava a caminho de um evento espiritual que aconteceria na cidade de Porto Alegre e muitos estavam vestidos com roupas brancas, típicas da religião.

O fato de que uma grande parte das vítimas pertencia a uma crença religiosa específica gerou discussões acaloradas na internet e na mídia. Algumas pessoas questionaram se a fé dos passageiros teria contribuído para a tragédia, enquanto outras acusaram a mídia de sensacionalismo.

Para investigar o que realmente aconteceu, falamos com algumas pessoas envolvidas no caso. Um dos sobreviventes, que preferiu não se identificar, contou que o clima dentro do avião era de tranquilidade e que muitos passageiros estavam cantando e rezando. “Não havia nenhum sinal de que algo estava errado”, disse ele.

Outra fonte importante foi a empresa aérea responsável pelo voo. Segundo um representante da companhia, a falha técnica que resultou no acidente não teve nada a ver com as crenças religiosas dos passageiros. “Foi um problema que poderia acontecer com qualquer aeronave”, explicou.

Mas afinal, qual o papel das crenças religiosas no “Umbanda Crash”? Para entender essa questão, conversamos com a líder da comunidade religiosa a qual pertenciam os passageiros. Ela contou que a Umbanda é uma religião que valoriza muito a fé e que muitos dos seus seguidores acreditam em milagres e em uma proteção divina.

“Não podemos afirmar que a morte dos nossos irmãos e irmãs foi causada ou evitada por causa da religião. Mas é fato que muitos de nós acreditam que Deus e os espíritos nos protegem”, disse ela.

O caso do “Umbanda Crash” levanta, portanto, algumas questões interessantes acerca da relação entre crenças religiosas e tragédias. Até que ponto nossas crenças influenciam em eventos traumáticos como esse? Qual é o limite entre a fé e a realidade nua e crua?

Ainda não temos todas as respostas para essas perguntas, mas podemos concluir que o “Umbanda Crash” foi uma tragédia como qualquer outra, causada por um problema técnico que poderia ter acontecido em qualquer voo. Resta agora prestar solidariedade aos familiares das vítimas e tentar aprender com o ocorrido para evitar que outras tragédias aconteçam.